dimarts, 19 d’abril del 2011

Pedro Galveias/Ricardo Ribeiro - A Lucinda Camareira


Este fado é um clássico, criado por Fernando Maurício. mas que é muitas vezes cantado ao despique no fado bailarico de Alfredo Marceneiro. Quantas vezes o ouvi cantar, com este dois que aqui o interpretam ou ainda em quarteto com o Ricardo Ribeiro ou o Vitor Miranda, todos e o mestre que com a sua modéstia sempre os acarinhou, Muita saudade desse tempo


A Lucinda camareira
Era a moça mais ladina
Mais formosa, mais brejeira
Do café da Marcelina

De maneira graciosa / Sobre um lindo penteado
Trazia sempre uma rosa / Cor de rosa avermelhado
Eu vivi enfeitiçado / Por aquela feiticeira
Que airosamente ligeira / Servia de mesa em mesa
Tinha feições de princesa / A Lucinda camareira

Primando pela brancura / O seu avental de folhos
Realçava-lhe a negrura / Encantadora dos olhos;
Nem desgostos nem abrolhos / Sofrera desde menina
Que apesar de libertina / Orgulhosa e perturbante;
No velho café cantante / Era a moça mais ladina

Os marialvas em tipóias / Iam da baixa num salto
Ver a mais linda das jóias / Aos cafés do Bairro Alto;
A camareira que exalta / De tão singular maneira
Era amada pela cegueira / Que a palavra amor requer
Para mim era a mulher / Mais formosa e mais brejeira

Certa noite de fim d’ano / Em que certo cantador
Cantava ao som do piano / Cantigas feitas de amor
Um cigano alquilador / De têz bronzeada e fina
Por afortunada sina / A Lucinda conquistou
E para sempre a levou / Do café da Marcelina

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